segunda-feira, 31 de agosto de 2009








Amigos são presentes de Deus


Amigos que não sabem o quanto são
meus amigos.Não percebem o amor que lhes devoto e a absolutanecessidade que
tenho deles.A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,eis que permite
que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto oamor tem intrínseco o
ciúme, que não admite a rivalidade.E eu poderia suportar, embora não sem dor,
quetivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressemtodos os
meus amigos!Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meusamigos e o
quanto minha vida depende de suas existências …A alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem.Esta mera condição me encoraja a seguir em
frente pela vida.Mas, porque não os procuro com assiduidade, nãoposso lhes dizer
o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.Muitos deles estão lendo esta
crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.Mas é
delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,embora não declare e não os
procure.E às vezes, quando os procuro, noto que eles não temnoção de como me são
necessários, de como são indispensáveis ao meuequilíbrio vital, porque eles
fazem parte do mundo que eu, tremulamente,construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos
eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida
deles.E me envergonho, porque essa minha prece é, emsíntese, dirigida ao meu bem
estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,cai-me
alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhandodaquele prazer …Se
alguma coisa me consome e me envelhece é que aroda furiosa da vida não me
permite ter sempre ao meu lado, morandocomigo, andando comigo, falando comigo,
vivendo comigo, todos os meusamigos, e, principalmente os que só desconfiam ou
talvez nunca vão saberque são meus amigos!A gente não faz amigos,
reconhece-os.


Vinícius de Moraes

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

SACUDINDO A TERRA


Um dia, o cavalo de um camponês caiu num poço.
Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria.
Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o
camponês pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o cavalo
já estava muito velho e não servia mais para nada, e também o poço já
estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.
Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o cavalo de dentro
do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar
vivo o cavalo.
Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.
O cavalo não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e
chorou desesperadamente.
Porém, para surpresa de todos, o cavalo quietou-se depois de umas
quantas pás de terra que levou.
O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com
o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o cavalo a
sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão.
Assim, em pouco tempo, todos viram como o cavalo conseguiu chegar até
a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.

A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra.
Principalmente se você já estiver dentro de um poço.
O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas
e dar um passo sobre ela.
Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima.
Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por
vencidos.
Use a terra que te jogam para seguir adiante!
Recorde as 5 regras para ser feliz:

1 - Liberte o seu coração do ódio.
2 - Liberte a sua mente das preocupações.
3 - Simplifique a sua vida.
4 - Dê mais e espere menos.
5 - Ame mais e... aceite a terra que lhe jogam, pois ela pode ser a
solução, não o problema!!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Meus amores...
































Nenhum cachorro jamais falou, mas isso não quer dizer que
eles
vivam fora do mundo da palavra. Eles escutam atentamente.
Querem
ouvir uma palavra – “biscoito”, “passear” – e uma inflexão
que conheçam.
Que
torrente de signos incompreensíveis passa por eles
enquanto esperam,
pacientes, por uma ou algumas palavras conhecidas!
Como não falam, a não
ser
da maneira mais limitada, sempre
estamos tentando decifrá-los. A
expressão é
reveladora: “decifrar”, inventar
metáforas para nos ajudar a
entender o
mundo. Quem decide
viver com um cachorro aceita participar de
um longo
processo de interpretação
– um acordo mútuo, apesar de o ser
humano estar com
a
maioria das cartas.


Mas a verdade pura é que ninguém deveria ter
de justificar o
que ama. Se eu decidir me tornar um desses idosos caducos
que vivem
sozinho com seis beagles, quem será prejudicado pelo extremismo
de meu afeto?
Há tão pouca dedicação no mundo que deveríamos
nos alegrar
quando ela aparece sob qualquer forma, e nunca zombar
dela
ou subestimar sua
profundidade.
O amor, acredito, é um acesso ao
mundo, e não uma fuga
dele.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Saudades de Casa...
















Hoje, a saudade de minha casa está
batendo forte.
Sinto um aperto no coração.

Saudade de muitas coisas que me
fazem bem

Não sei por quanto tempo
conseguirei ficar aqui.

Mas ao mesmo tempo não
quero voltar.

Queria que as coisas fossem
diferentes

Mas a perfeição está por demais
longe de mim.

Aqui tenho meu amor, minha
profissão

Mas parte de minha vida está longe
de meu alcance...